Deito-me ao teu lado no lugar vago da cama, para sentir as curvas do teu corpo. Sentir que és real quando passo a tua pele com as minhas mãos, e as pontas dos dedos desenham o teu corpo demorando-se um pouco para eu me sentir em ti. Contigo, sinto-me vivo, mais real depois daquela partida sem despedida à porta de tua casa de malas feitas. Confesso que depois de partir, partilhei a cama com outros corpos, mas nenhum era o teu.
O teu corpo suplica pelo meu e eu faço-te a vontade como se de um só nos tratássemos. Na tua cama já não somos mais uns estranhos. Somos um só corpo sentindo a realidade das nossas vontades que se perderam ao longo dos anos, dos dias, das horas, porque o tempo corre quando o desperdiçamos com palavras ocas o que mais queremos.
Eu quero-te a ti!
Decidi a poucos minutos, que a tua pele já não é a mesma sem mim.
Sou todo teu, meu amor!
Voltas para mim?
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