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Cordeiro Manso (Poesia)

És cordeiro manso 
Manso de tenra idade 
Se és cordeiro 
É porque és corno 
A meia metade

Se cantas 
É só aos berros 
Que ecoa pelo mundo fora 
Quem canta, canta por gosto 
Quem berra seus males espanta

Espanta-me por inteiro 
Da tua falsidade 
Porque quem é sonso 
Sempre se descobre a verdade

Salta por ai à cerca 
Quem saltita por prazer 
São cordeiros sonsos 
Há procura de se satisfazer

Satisfeito sempre fica 
Quem acredita em pequenos boatos 
Que passa de boca em boca 
A cantar os velhos pecados

Pecados que se cometem 
Por amar de verdade 
Anda-se na boca da gente 
A mera trindade

Se cair de joelhos 
A ferida escorre em seco 
É dor sem agonia 
Em serenidade dos despreocupados

Chamam-se cegos 
Aos singelos entardeceres 
São olhos que se fecham 
A quem não quer ver

Ao longe os cordeiros berram 
São lobos prontos para comer!

Cláudia Lopes

Fotografia retirada da Internet:
https://www.wattpad.com/463394881-a-verdadeira-história-de-chapeuzinho-vermelho


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